O Brasil exporta cada vez mais, mas os riscos logísticos também aumentam. Saiba como o seguro de transporte pode proteger sua carga e preservar seus resultados.
O Brasil segue firme entre os grandes exportadores globais.
Até a terceira semana de maio de 2025, as exportações brasileiras somaram US$ 16,81 bilhões, registrando um avanço de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mais um indicativo da força do país no comércio internacional — e do ritmo constante de expansão do setor.
Esse movimento não está restrito apenas aos grandes players. O número de empresas exportadoras também vem crescendo: em 2024, o país alcançou a marca de 28.847 empresas atuando no mercado externo, um novo recorde, com crescimento de 1,1% em relação a 2023.
Boa parte desse desempenho é puxada por setores como o agronegócio, tradicional motor das exportações nacionais, e a indústria, que tem ampliado presença em mercados estratégicos.
Soja, milho, café, carnes, além de produtos manufaturados, seguem entre os principais itens da pauta exportadora brasileira — reforçando o papel do país como fornecedor global.
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Os desafios logísticos que ameaçam esse avanço
Com o avanço das exportações brasileiras, crescem também os desafios para garantir que as mercadorias cheguem ao destino final com segurança e pontualidade.
Embora o país utilize diferentes modais, o transporte marítimo segue como principal via de escoamento das exportações.
Isso exige que grande parte das cargas percorra longas distâncias por rodovias até chegar aos portos — um percurso muitas vezes marcado por infraestrutura deficiente e altos índices de criminalidade.
Segundo a CNseg, mais de R$ 2 bilhões foram pagos em indenizações por roubo de cargas no Brasil nos últimos cinco anos, colocando o país entre os líderes globais nesse tipo de ocorrência.
Além da questão da segurança, a precariedade da infraestrutura logística também impõe prejuízos significativos.
No agronegócio, por exemplo, estima-se uma perda de cerca de R$ 10 bilhões ao ano em decorrência de problemas no transporte e armazenamento — como estradas malconservadas, a ausência de modais mais eficientes como ferrovias e portos congestionados.
Em março de 2025, o Brasil deixou de embarcar 637.767 sacas de café — o equivalente a 1.932 contêineres — devido ao esgotamento da infraestrutura portuária.
O impacto foi imediato: um prejuízo de cerca de R$ 8,9 milhões para as empresas exportadoras, com custos extras relacionados à armazenagem, detentions, pré-stacking e antecipação de gates.
Esses gargalos — seja por falhas operacionais, insegurança ou atrasos — representam riscos reais para as empresas que atuam no comércio exterior.
E é justamente nesse cenário que o seguro transporte se torna uma ferramenta estratégica para proteger não apenas a carga, mas toda a operação.
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Oscilações cambiais: risco silencioso, impacto imediato
No universo das importações e exportações, o tempo entre a negociação e a liquidação financeira pode variar de semanas a meses.
Nesse intervalo, a cotação da moeda pode se alterar significativamente, trazendo impactos diretos:
- Para o importador: uma alta no dólar, por exemplo, pode elevar drasticamente o custo de aquisição, corroendo margens.
- Para o exportador: da mesma forma, uma queda inesperada pode reduzir o valor a ser recebido, comprometendo receitas previstas.
Essas oscilações, muitas vezes invisíveis na fase inicial da operação, ganham proporção real no fechamento do câmbio — e podem colocar em risco toda a eficiência construída ao longo da cadeia.
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Seguro transporte: como funciona e por que sua empresa deve considerar
Diante dos riscos logísticos que envolvem o transporte de mercadorias — tanto dentro quanto fora do país — o seguro transporte se tornou um componente essencial na gestão de operações comerciais.
Ele garante proteção financeira em casos de perdas ou danos à carga, oferecendo mais segurança e previsibilidade para quem atua com fretes de médio e alto valor.
O seguro pode ser contratado para operações nacionais ou internacionais, abrangendo desde o trajeto por rodovias brasileiras até o embarque aéreo, marítimo ou ferroviário em rotas internacionais.
A cobertura acompanha a carga durante todo o trajeto previsto em contrato — desde a origem até o ponto de destino estabelecido na apólice — independentemente do número de modais envolvidos.
Entre os riscos cobertos, estão:
- – Roubo, furto e extravio
- – Acidentes com o meio de transporte
- – Avarias e quebras
- – Incêndios, alagamentos e danos causados por fenômenos naturais
- – Atrasos e despesas extras com armazenagem ou reembarque
- – Em casos mais complexos, podem ser incluídos impostos, fretes, lucros esperados, e até riscos de guerra ou greves.
Existem dois modelos principais de contratação:
- – Apólice avulsa: ideal para empresas que realizam envios esporádicos, com contratação específica para cada operação.
- – Apólice aberta: voltada para empresas com operações recorrentes. Garante cobertura contínua por um período determinado, com maior praticidade no processo de averbação e gestão dos embarques.
Mais do que compensar prejuízos, trata-se de preservar o que está em jogo: prazos, acordos comerciais, confiança e reputação.
Em mercados altamente competitivos, proteger a movimentação das mercadorias é também proteger a imagem da empresa e a solidez das entregas.
Exportar é sinônimo de crescer — e, nesse contexto, garantir a proteção da carga não é apenas uma medida preventiva, mas uma escolha estratégica.
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